Ah Namíbia, que país encantador. Uma nova surpresa a cada Km rodado.
Saindo de Swakop, seguimos norte, por uma estrada que beirava a Skeleton Cost. Visual desértico, na beira do mar, com diversos destroços de navios e outras embarcações menores ao longo da costa (por isto do nome).

Skeleton Cost
O gelado vento sudoeste derrubava a temperatura assim que o sol se punha (lembram que não temos janela na parte de trás?!) Andando pela costa, observamos muitas ossadas de animais também. Com certeza não e um lugar onde Robson Crusoe gostaria de naufragar. Com um lugar tao inóspito aos nossos pés, decidimos acampar!!! Posicionamos a Landy de frente para o vento, e pela primeira vez acampamos somente com 2 barracas, para que pudessem ficar protegidas do vento.

Acampando na SC

Neve na Namíbia? Não, sal!!
Pouco antes de chegar a Tora bay, viramos sentido ao interior, pois logo se tornaria área restrita. A paisagem lunar começou a mudar, e diversas “ Table Mountains” e outras que parecem cones passaram a surgir no horizonte. Parecia que estávamos sendo transportados a milhões de anos atrás, na era dos dinossauros.

onde estao os dinossauros?
Passando pela pequena cidade de Bergsig, por sorte fomos forcados a parar, devido a um problema na embreagem. Sim, por sorte, pois uma cidade minuscula, que apenas passaríamos abanando, foi uma experiencia sensacional.
Logo que paramos, diversas curiosas criancas apareceram. Timidade inicial vencida, já estávamos batendo altos papos, brincando e rindo muito tentando aprender a língua Damara (quase todos falam Inglês, Africaner e a língua local).

Novos amigos
Apesar de ser um problema simples no carro, decidimos ficar uns dias pois o ambiente era muito simpático. Manha seguinte ao acordar vimos que as crianças estavam não mais que 30 metros das nossas barracas, só nos esperando para brincar. Decidimos subir uma montanha para curtir o visual, e a piazada foi junto, de pés descalços, apesar da relativa dificuldade da escalada. Gastamos um bom tempo la no topo, com uma vista magica.

Gregorius, o unico que subiu de tenis
Ao retornarmos, descobrimos a preocupação de todos, pois nas noites anteriores, algumas Cheetas haviam atacado as cabras, e fugido naquela direção. Esta região de Damaraland e Kaokoland (quase Angola) e tida como uma das ultimas áreas selvagens da região Sul da Africa (na Africa do sul por exemplo, vida selvagem somente nos parques nacionais e fazendas particulares). Descobrimos que os raros Elefantes do deserto (so restam alguns na Namíbia e em Mali) haviam passado por ali 3 dias antes, e fomos atras deles, com auxilio de uma pessoa do local. Depois de certa dificuldade devido a ausência de estradas, avistamos o grupo de elefantes ao longe. Estes animais não são acostumados com seres humanos, e como o vento soprava na direção deles, perceberam nossa presença, e se posicionaram para defender os filhotes. Já estava ficando tarde, e decidimos voltar no dia seguinte. De volta a cidade, compramos uma bola pra piazada e ficamos jogando futebol. (O comercio da cidade se restringe a um bar, que vende de tudo)
No dia seguinte, não obtendo sucesso em ver os elefantes novamente (ficamos sabendo de uma revista que demorou 3 meses para localizar estes elefantes), seguimos pela estrada, agora novamente ao norte. Avistamos Zebras, Girafas e bem ao longe Leões, todos soltos, sem cercas ou portões de parques, como deveria ser, como era no passado. Parávamos e perdíamos um bom tempo observando, hipnotizados.

Ao longe, a primeira girafa que avistamos
Seguimos até Ongongo, onde acampamos a 30 metros de uma cachoeira de agua quente, entre montanhas, num vale super alto astral.

Cachoeira de agua quente!
Região muito bonita, mas com um pequena comunidade muito pobre. Ao passarmos, muitas crianças corriam em direção ao carro, tentando vender artesanato ou lenha. Nada custava mais que 1 USD, que para eles era muito dinheiro. Todas sem roupas, com um olhar triste, de mão estendida. Sim, na Namíbia também tem miséria, e me cortou o coração.
Viajamos todo o dia por estradas parecidas com as de perto da chácara (pra quem não sabe, Tangua-Almirante Tamandare) tentando chegar ate Opuwo, mas já estava noite e decidimos acampar na estrada mesmo. Já estava acostumado com o barulho dos Chacais a noite, mas confeco que fiquei um pouco assustado ao ouvir leões. Não queria ver a natureza? Entao tome!!!rsrs
Em Opuwo (100 km de Angola) encontramos varias pessoas da tribo Himba, que ainda mantem suas tradições, e muito poucos falam Inglês. Foi uma pena não passarmos mais tempo la, mas tivemos que seguir viagem.

Himba no mercado de rua

Himba Tribe

Que tal um churasco hj a noite?
Ficamos surpresos ao encontrar uma estrada (muito boa) de asfalto, coisa que praticamente não havíamos visto por aqui ( existem somente entre as principais cidades), e seguimos em direção ao sul agora, rumo a Kananjab, pois estávamos ao lado do Parque Nacional do etosha, e não era permitido o acesso por ali, então teríamos que contornar o parque.

Heraras
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