O fim da rota da seda

Pois é, chegamos em Delhi, e assim terminava a nossa rota da seda. Na verdade nunca existiu uma única rota da seda. A rota da seda eram diversas rotas comerciais utilizadas entre o ocidente e o oriente. Muitos desses caminhos são utilizados ha muito, mas muito tempo, e as próprias condições geográficas e climáticas foram moldando eles.

O período áureo destas rotas comerciais aconteceu na época do império mongol. O maior império de toda a historia, tinha controle sobre toda a região que passava a rota, tornando segura a viagem da Europa para China e/ou India, e vice-versa. Constantinopla era ligada a Xian (China) por uma destas rotas e a Delhi (Índia) pela outra. Não por acaso, depois de viajarem metade do mundo, Marco Polo ficou trabalhando na China, e Ibn Batuta na Índia.

Os europeus levavam ouro, marfim, joias, figos e buscavam porcelana, chá  laranja, pêssego  pólvora  especiarias (muito utilizadas para preservar os alimentos) e seda, e claro.

A rota da seda alem de produtos, passou a levar ideias, cultura e arte, em ambas as direções  O papel moeda foi inventado na China, por exemplo.

Ao contrario do que se imagina, os europeus não eram mais sofisticados que estes povos, muito pelo contrario. Os europeus sempre tiveram concorrentes a altura, que possuíam conhecimentos mais refinados de ciências  tecnologia, dentre outras coisas. Só após a revolução industrial é que os europeus passaram a avançar mais rapidamente.

O declínio da rota da seda aconteceu por diversas rasões  O colapso do império mongol, a chegada do islamismo na região  e principalmente, a descoberta da rota marítima ate a India pelos portugueses. A rota da seda não era mais importante comercialmente, mas sempre teriam os que prefeririam viajar pelas diversas culturas remanescentes em vez de ver mar por todos os lados (ou ar, no caso dos aviões agora). E nos eramos uns destes!