Fui para o Camboja em 2004, atravessando a fronteira com a Tailândia.
Não foi munto difícil achar um ônibus até a cidade de Siem Reap (referencia a uma vitória sobre o reino do Sião-Tailândia), mas a estrada era esburacada e longa. Paisagens de campos de plantação de arroz pela janela e pessoas interessantes.
Siam Reap tem crescido desordenadamente. Ainda sobrou uma influência francesa, já que fazia parte da indo-china, que tinha domínio francês. Turistas do mundo inteiro utilizam como base para visitar o fantástico complexo de templos de Angkor. Consegui achar acomodação barata bem fácil. Existem varias formas de visitar Angkor. Pode ir em um transfer, tour, alugar um tuk-tuk ou até mesmo de bicicleta. O lugar é gigantesco, e o ideal é de passar alguns dias lá para ver com calma.
A vantagem de tirar alguns dias para conhecer o lugar é que não o dia não fica tão corrido, dá para fugir do calor e dos bandos de turistas. Achei um cantinho e fiquei curtindo o lugar sozinho, pensando na vida. Acabei até tauando o lugar anos depois.
Cada parte do complexo de templos é de uma época e tem uma característica . Existiram reis budistas e hindus, e eles iam modificando culturalmente o lugar. Nos templos Bayon, existem mais de 200 rostos. O rei fez sua imagem parecer com a de Buda, tentando passar a imagem de um semi Deus. Fantástico o lugar!
No Camboja é fácil se deparar com pessoas mutiladas pela terrível guerra, ou pela herança delas, as minas terrestres. Não vou dizer que não incomoda olhar. O Khemer Rouge promoveu um genocídio ao tentar introduzir uma sociedade comunista. O mais estranho é que em um conflito com o Vietnã, este regime recebeu apoio dos EUA, mostrando que as alianças políticas iam bem além do Comunismo x Capitalismo. Como tinha somente um mês para viajar pela Tailândia e Camboja, acabei deixando para conhecer o sul do país em uma outra viagem.
Era hora de voltar para Bangkok, encarando a terrível estrada novamente. O retorno foi pior, pois o ônibus quebrou trêss vezes, e tive que pegar carona para chegar na fronteira. Muitas imagens, pessoas e lembranças. Só temo pelo crescimento desordenado do turismo na região.