De férias com a família!

A Tailândia e um pais que desperta muito exotismo para os brasileiros. Ao se falar que vai para este destino, a imaginação das pessoas vai longe. O que não se sabe, e que a Tailândia e um destino bem preparado para o turismo. Para um europeu, ir para a Tailândia, e a mesma coisa que para alguém do sul/sudeste do Brasil ir para o Nordeste. Ta bom, a diferença cultural e bem maior, mas a dificuldade de se viajar e a mesma, ou seja, nula. A Tailândia caiu no gosto dos turistas. Barata, cultura exótica, com boa culinária, belas praias alem de animais como elefantes e tigres ao seu alcance. Enquanto as outras nacionalidades já acham que a época de sudeste asiático já está passando (hoje acham que America do Sul que é o máximo), os brasileiros (com o Real forte) estão descobrindo este destino.

Nosso voo para Bangkok foi apenas de conexão, pois tínhamos que ir para Puket para encontrar minha família que chegaria no dia seguinte. Passamos algumas horas no aeroporto, e chegamos em Puket só de noite. Resolvemos pegar um ônibus para o centro, onde passaríamos a noite, para poder arrumar meu computador no dia seguinte, que ainda não estava ok. No final das contas acabamos no hotel que foi filmado “A Praia”. Hotel simples, mas bem melhor que no filme, e sem ninguém se matando no quarto ao lado. Tinha ate algumas passagens do filme escritas na parede. Dia seguinte tava na loja para ver o problema e misteriosamente o computador funcionou. A mulher da loja nem acreditou que tava estragado. Que raiva! Então fomos pegar o ônibus para praia de Kata, mas depois de uma negociação,um taxista nos levou pelo mesmo preço só porque paramos rapidamente numa loja que ele ganha vale combustível. Fiquei no hotel combinado andando de um lado para o outro esperando todos chegarem. Atrasaram um pouco, mas logo tava Mãe, Clau, Pati, Nuno e meus queridos sobrinhos Pedro e Luíza. Achei que a Luíza poderia me estranhar, pois ela só tem 1 ano e 2 meses, mas já veio no meu colo sem cerimonia. Almoço família, aquela bagunça. Que saudades que tava de todos!! Piscina de tarde, brincando com o Pedro e conversando com o Nuno. Dava aquela sensação de que não conseguia aproveitar todo mundo. Mas tudo bem, teria tempo. Depois do jantar ainda esperamos a Gi chegar de Londres, e acompanhamos ela p/ jantar e tomarmos uma cerveja. Ficamos sabendo de todas as novidades em primeira mão.
Pegamos um barco para Ko Phi Phi (Don), que tava bem lotado. Eu a Gi e o Pedro ficamos no deck superior jogando baralho. O Pedrinho tava se sentindo meio isolado pois era o único de uma multidão que não tinha tatuagem, então desenhamos varias tatoos nele. Muito divertido.

Pedro tatuado!!

Chegamos na ilha e procura a bagagem numa pilha de mochilas, pega um barco menor e vai ate o hotel, que fica no canto da praia. Chales no morro, com uma vista espetacular. Água azul e aquelas pedras saindo direto do mar. Ko Phi Phi Leh bem ali na frente. Hotel muito legal, com uma praia praticamente particular.
Resolvemos ir para Phi Phi não no melhor dia, mas a ansiedade de todos acho que era grande. A praia tava lotada, com todos os tipos e tamanhos de barcos. Achamos um cantinho para mergulharmos e logo estavam todos na água. Só nos revesávamos para alguém ficar com a Luíza no barco. No mesmo passeio fomos em outras enseadas, praias ao redor de Phi Phi. Muito bonito e o snorkling tava ótimo.

Olha a cor da água

A noite de ano novo iniciou cedo, com uma ceia oferecida pelo hotel. Boa comida, danças tipicas e demonstrações que iam de malabares com fogo ate Muay Thai antigo. Logo dezenas de baloes estavam subindo, e muitos outros sendo distribuídos. Fogos de artificio e isto que não era nem meia noite. Teve luta do pessoal do hotel num “pau de sebo” em cima da piscina no inicio da noite, e dos bêbados no final da noite. Digamos que a Gi e a Bibi puxaram esta turma…

Balões

Família reunida! Só faltou a Luíza, que tava tirando a foto…

Final de noite!

A celebração foi diferente mas tava muito legal. Ponto alto para o Pedrinho fazendo malabares com uns mini sinalizadores e pulando o circulo de fogo escondido da Pati.
Praia, praia, praia e um dia fomos fazer mergulho de cilindro. A Bibi se empolgou e foi fazer o batismo. Fiquei todo orgulhoso. Fomos ate Phi Phi. O mergulho foi bom, mas não espetacular. Espetacular foi ta eu, Bibi, Gi, Clau, Nuno e Pati de baixo d’água!!! Um momento memorável!!! Todos de mãos dadas levantadas em baixo d’água. A Gi e Nuno repetiram a dose no outro dia, mas como eu e a Bibi temos mais oportunidades deixamos passar e fomos fazer outro passeio de barco para ilhas e praias.

Não e uma cena do “Tomb Raider”, é a Bianca S. Soprana Canever!!

Pra ficar na memoria!

Comemos muito bem e nos divertimos, mas o tempo passou voando e logo estávamos num barco de volta a Puket, para pegar voo para Bangkok e fazer uma conexão para Chiang Mai. Teve atraso e por pouco não perdemos o voo. Na hora de passar a bagagem teve ainda problema com a mochila de mão da Bibi, que continha sinalizadores do ano novo, que ela nem lembrava.
Chiang Mai eu conhecia bem. Foi meu primeiro contato com a Tailândia em 2004. Sabia que seria diferente daquela vez, nem tinha como ser igual. Como um amigo meu expressou bem, eram “ propostas” de viagem diferentes. Aquela época o aeroporto ainda não tinha sido reformado, e fui direto para a parte rural da cidade, onde passei um período treinando Muay Thai de 7 a 8 horas por dia. Acordando antes do sol nascer, correndo pelas montanhas passando por monges, e me alimentando por menos de 30 centavos de dólar por refeição. Quando me mudei para a cidade, fiquei na parte velha, bem central. Desta vez ficamos um pouco mais afastados. Um hotel tranquilo, e que tinha transfer para o centro. Primeiro dia que fomos para Tha Pa Gate, no coração da cidade, fui conferir se a pousada que fiquei ainda estava la. E tava, com o mesmo ambiente, musica, jardim. Deu um saudosismo. Andamos de Tuk-Tuck, primeira introdução verdadeira de Asia para Mãe/Clau/Gi. Eles adoraram. Assim como eu lembrava, os templos são o máximo. O Pedrinho se sentava de pernas cruzadas em posição de meditação sem ninguém falar nada para ele. Um monge ate mostrou para ele como que era. A Bibi teve uma aula de meditação, e quando o monge não conseguia explicar em inglês, ligava para alguém e passava o celular para ela.

Templos

Pedro meditando. Foto – http://www.coisasdemae.wordpress.com

Seguimos o circuito turístico e fomos ver o show de elefantes que pintam e jogam bola, antes de passearmos em cima deles. O Pedro se deliciava e dava cana e bananas na tromba dos elefantes. Nos venderam a ideia de que estes elefantes eram usados na guerra e para arrastar toras, mas que hoje eram bem mais cuidados. Acreditamos, mas depois do passeio vimos eles acorrentados e deu aquele peso na consciência. Sera que estávamos fazendo a coisa certa?

Pintura

Passamos pelo Tiger Kindom, um zoológico cheio de tigres, de diversos tamanhos. Você chega e escolhe num “ cardápio” com qual você quer ficar e por quanto tempo. Eu fiquei vendo de camarote a cara da Bibi com o tigrão e depois levando choque na cerca elétrica!!

Pena não ter foto da hora da cerca elétrica também…haha

Fomos também numa “cooperativa agrícola” onde existem representantes de algumas minorias étnicas, dentre elas as “Mulheres Girafas”. Representantes da tribo Karen, são originários do Myanmar, hoje refugiados na Tailândia. Mais ao norte da Tailândia, em Mae Hong Son, existe um maior numero, talvez podendo ser chamado de “tribo”. Aqui são bem poucos representantes, a fácil acesso, para matar a curiosidade dos estrangeiros. A cooperativa e impecável, cercas bem feitas, caminhos bonitos, tudo arrumado, limpo. Se paga uma entrada e claro que existem diversos artesanatos expostos para a venda. Há quem fale que parece um zoológico de humanos, mas acho que e uma boa forma de ajudar os refugiados.

Diferenças culturais

Parte das noites foram no Night Bazar, com as centenas de camelos e lojas, alem da boa e barata comida da praça de alimentação. Em uma noite que estávamos num outro restaurante, fomos surpreendidos por um elefante no portão. O dono estava vendendo bananas para quem quisesse tirar fotos, mas não deixa de ser um elefante no meio de uma das maiores cidades do pais! Durante o dia também vimos um elefante no meio da rua, mas não entendemos o que ele estava fazendo la.
Deixamos para o ultimo dia a visita ao Doi Suthep, templo em cima de uma montanha. O tempo tava ruim, garoando, e foi muito estranho. A cinco anos atras, visitei este bonito templo como rotina dos meus 10-12 km de corrida matinal. Te digo que a montanha não e pequena, e la em cima tava tudo calmo, magico mesmo. Eu tava numa paz de espirito inigualável, muito feliz. O templo continua bonito, mas tava cheio, mas bota cheio de gente. Nada de paz de espirito. Pegamos ate um elevador/teleférico para chegar ao topo, que eu nem sei se existia aquela época ou se não tinha visto. Há um tempo, dei dicas de viagem para um amigo meu que veio para a Tailandia, e ele me alertou na volta que o lugar estava muito comercial, com maquinas de cartão de credito para receber doação, ou vender “santinho”. Confesso que estava curioso para saber se estava mesmo da forma que ele falou ou se ele estava exagerando. O pior e que as maquinas estavam la…
Como na minha outra viagem eu tinha ido para Ayuthaya, ruinas da antiga capital, desta vez queria ir para Sukothai, ruínas de outra capital do reino do Siam. Todos concordaram mas tínhamos que acertar a questão logística, pois não tinham muito tempo. Primeiro pensamos em ir de trem, mas pararia em Phitsanulok que ainda esta a certa distancia de Sukotai. Acabamos alugando uma super van, onde coube todo mundo alem da bagagem, que não e pequena. Paramos no parque de Sukotai (faz parte da Unesco) bem na frente de um bicicletário gigante. Estava se desenhando o segundo momento memorável destas férias com a família. Alugamos bicicletas e saímos pedalando para conhecer a região. Templos, Budas, ruínas, alguns deles com lagos cheio de flor de lótus refletindo a imagem. O Pedro tinha sua própria bicicleta, e a Luíza ia numa cadeirinha, segurando no guidão da bicicleta do Nuno. Todo mundo junto, naquele lugar fantástico, realmente inesquecível!!

Sukothai

Momento eterno!

Que lugar!

A Mãe e o Clau pararam depois do primeiro circuito, mas as “crianças” ainda deram uma segunda volta por sítios um pouco mais distantes. De noite um hotel super bacana para um merecido descanso. Dia seguinte la estávamos nos na estrada, sentido Bangkok. Apesar de ser longa, passou rápido, pois a estrada era boa e ficamos assistindo um filme. Passamos por cidades fora do circuito turístico, que mesmo sendo grandes, não tinham nem um letreiro ou placa no nosso alfabeto. Lembro que da outra vez que vim para ca, carregava um papel com as cordeadas e nomes dos lugares em tailandês, para me informarem para onde ir e qual ônibus pegar. Muito divertido.
Já nos primeiros dias de Bangkok tivemos que nos despedir da Gi, que teve que voltar para seu novo emprego em Londres. Logo vimos que não teríamos como fazer todas as coisas juntos. Eu e a Bibi tínhamos que visitar a embaixada para encaminhar nosso visto para o Myanmar, alem de arrumar o computador (sim, desta vez deu certo!).
Fomos na Kao San Road (rua dos mochileiros), que esta crescendo cada vez mais. Os baratos hotéis já são poucos, e também não existem mais muitos restaurantes com telões exibindo os últimos lançamentos de hollywood pirateados. Novos prédios, e restaurantes mais ajeitados estao surgindo. Mas não adianta, KSR já e referencia. As ruas ao redor tomaram o lugar e oferecem pulguentas opcoes bem baratinhas. Dezenas de agencias de turismo fazem com que ninguém precise pensar para viajar. A KSR é pop art, e dita moda. Suas dezenas de camelos mostram as tendencias da temporada. Quem quer ficar de fora do modismo, só resta ficar em Chinatown. Pegamos um tuk-tuk em 5 mais o Pedro e a Luíza. Viramos atracão turística, todo mundo olhando e tirando foto. Tava muito engraçado!!
Fomos separados no Grand Palace, mas todos gostamos muito. Nosso hotel era muito legal, e com uma piscina no terraço com vista para a cidade. Andamos bastante de Sky trem, alem de pegar barco pelo rio, e claro. Fomos no mercado Chatuchak, e andamos pelas ruas.
Numa das noites eu fiquei cuidando das crianças para que todos pudessem ir no Ping Pong Show. Eu incentivei bastante, pois tinha achado muito legal da outra vez que vi. E um puteiro… , não não e um puteiro, e uma casa de espetáculos, onde as Sras artistas (primas) fazem diversos shows. Dentre os mais impressionantes estão estourar baloes com uma zarabatana, arremessar bananas, cortar bananas, fumar charuto, tirar longas cordas com giletes de dentro delas, apagar velas, e e claro, arremessar bolas de ping pong em um copo. Não, elas não fazem tudo isto com a boca. Bem, eles foram caminhando pois a região não ficava longe do hotel. Fugindo de um strip comum, e buscando o show pin-pong, acabaram entrando num lugar super decadente. Tinha um show mal feito por mulheres mais decadentes ainda. Tinham poucos turistas e perceberam que ocorria problemas com todo mundo na hora da saída. A Bibi pode contar melhor porque tava la, só sei que eles foram os últimos a sair, trancaram todos la, tentando extorquir dinheiro. Tentaram acertar o Clau, o Nuno quase brigou, maior baixaria. A Bibi deve contar mais detalhes, mas não deve ter sido fácil. No hotel todos riam da porta fechada com mulheres nuas trancando a saída, mas deve ter sido um desespero. Ainda mais sem saber o que elas podiam tirar de dentro delas…hahaha

Pedro pronto para a luta!

Grand Palace

Luíza no restaurante japonês

Piscina do hotel, com vista para BKK

Os jantares de despedida foram no Blue Elephant. Primeiro com a Pati e Nuno, quando não sabíamos do padrão do restaurante e eu e o Nuno fomos de bermuda. Tiveram que nos emprestar calcas na recepção para poder entrar, alem de fazerem cara feia mas depois liberar de eu entrar de chinelo. Restaurante muito bom, até por isto repetimos a dose com a Mãe e Clau. Ri por dentro quando a salada orgânica veio cheio de formigas e tiveram que trazer outro prato e se desculpar. Restaurante chinelo…haha (brincadeira)
Na terça a noite fomos ver lutas de muay thai no Lumpini. O Lumpinee esta para o Muay thai assim como o Maracanã esta para o futebol. Existem outros ginásios mais modernos, com arcondicionado, cadeiras e tal, mas não tem o mesmo prestigio. As lutas de terça tendem a ser as melhores “casadas”, e realmente estavam boas. A Mãe e Pati ficaram com a Luíza no night bazar ao lado e o resto da tropa foi comigo. Não muito depois de eu falar que não aconteciam muitos nocautes, um tailandês acerta um chute na cabeça do outro e completa com uma cotovelada “apagando” o lutador, que sai de maca. No geral todos gostaram, principalmente por causa dos rituais, musica, vendo que não e uma violência gratuita. Acharam muito legal a empolgação dos apostadores, que gritavam muito no calor das lutas. Para quem não sabe, parece uma bolsa de valores. Bati papo com um cara que quando soube que eu era brasileiro logo falou do Leo (Amendoim) e do Cosmo Alexandre. O Amendoim e um lutador de São Paulo que saiu ainda relativamente desconhecido do Brasil, mas esta fazendo uma carreira bem bacana na Tailândia. Já o Cosmo (também de SP) já e uma realidade. Ultimo aniversario do rei, ele nocauteou 3 tailandeses na mesma noite, todos de forma muito contundente. Me fez lembrar que eu era córner do Luiz Sorriso quando ele nocauteou o Cosmo num campeonato em Curitiba. Coisas do destino, mas hoje o Cosmo faz parte do “time” dos meus amigos Mauricio Veio e Andre Dida.
Depois das lutas não sei quem tava mais empolgado na loja da Twins, se era eu ou o Pedro. O Pedrinho com seus 6 anos já tem calção, luva, kruang, camiseta, e treinou toda noite comigo. Na verdade me encheu de porrada porque eu não podia acertar ele…haha

No “templo” do Muay Thai

Sempre fui próximo do Pedro, principalmente nos domingos na chácara ou quando eu levava ele para os jogos do coxa, além das férias. Desta vez foi mais ainda, até porque depois que a Gi viajou, ele passou a ficar no quarto comigo e a Bibi. Me fez lembrar de como eu era próximo dos meus tios maternos Nicolau e Laertes. Eles me levavam ainda pequeno para fazer “aventuras”, que eram subir montanhas, explorar cavernas, nadar em cachoeiras. Dormíamos na “casa do morro” em Caiobá, que já virou estacionamento de prédio a mais de 25 anos. Saudades desta época!!!

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Belezas e desastres naturais

Existe aquela clássica piada de que quando Deus criou o Brasil, fez tudo bonito, mas não colocou nenhum desastre natural. Já na Indonésia, a coisa foi diferente. Se recapitularmos só alguns incidentes vamos ver que teve o Tsunami em 2004, um terremoto em Nias 3 meses depois, outro em 2006 em Yogyacarta, e mais um tsunami em Java. Em 2007, mais da metade de Jakarta (capital do pais, com 10 milhões de habitantes) ficou debaixo da água, devido a enchentes causadas por fortes chuvas. Poucos meses atras novo terremoto na ilha de Sumatra, que fez com que desistíssemos desta região. Isto sem contar com os atentados a bomba em 2002 e 2005, que não foram nada naturais. O problema de todos estes desastres naturais e que o pais e muito populoso (quarta maior população do mundo), e pobre (apesar de ter uma taxa de crescimento duas vezes maior que a do Brasil). Um terremoto aqui tem consequências muito mais graves que um no Japão, por exemplo.

A Indonésia era um pais que eu sempre quis visitar. Talvez fosse o lugar que eu iria caso tivesse que escolher só um pais. Para conhecer a Indonésia, da forma que gostaria, precisaria de pelo menos uns 3 meses. O transporte fora da região turística e lento, muitos ferris tem horários alterados devido as condições climáticas, mas como na Africa, e tudo muito recompensador. As praias são mundialmente famosas, pela beleza e por suas ondas. Existem vulcões, montanhas, lagos, templos, muita cultura e diversas tribos e línguas. Tudo isto espalhado pelo maior arquipélago do mundo, com suas mais de 13000 ilhas.

Como não tinha tanto tempo disponível só para cá, tivemos que adaptar o roteiro. Estaríamos viajando também no inicio da temporada de chuvas, o que poderia complicar (ou não, com tantas variações climáticas).

De Borneo viajamos para Jakarta, uma super metrópole com tudo que uma cidade deste porte pode te oferecer, de bom e de ruim. Não era bem o que nos interessava, portanto já tínhamos um voo direto para Yogyacarta, algumas horas depois. Chegamos no aeroporto, pegamos uma pequena fila para o visto, que da para tirar na hora. Pagamos, fomos com o comprovante no outro guichê para carimbar. O oficial pediu estranhamente 5 USD por passaporte, pois como era a primeira vez que entravamos no pais, tinham que colocar os dados no computador. Só olhei para a Bibi, fui pegando o dinheiro mas ia pedir um recibo. Nisto apareceram outras pessoas no guichê, e eu fiz questão de mostrar bem o dinheiro. O oficial falou desesperadamente para eu ir embora, que tava tudo certo. Quase que ele perde o emprego. Na hora de carimbar a entrada, novamente o cidadão me pede uma “lembrança” do Brasil. Falei que não tinha e ele pediu um dinheiro brasileiro. Não tínhamos papel, mas oferecemos uma moeda. Ele olhou e falou que não, queria dinheiro, ou podia ser USD, Euro… Eu ri, como se ele tivesse brincando e fomos saindo. Depois de pegar a bagagem, ao sair pelo portão de desembarque, fomos cercados por pessoas oferecendo táxi, hotel, troca de dinheiro… Confesso que o primeiro contato com o pais não foi dos melhores.

Tinha um fuso horário de uma hora a menos, fato que não estava marcado na nossa passagem. Já estava perto da maia noite, e como nosso check in era as 4 da manha, resolvemos ficar no aeroporto mesmo. Fomos ate o outro terminal, que ficava a poucos km de onde estávamos, e nos surpreendemos ao encontrar tudo fechado. Tinham alguns bancos que logo se transformaram em camas. Ja tava achando que em Borneo a Bibi tava entrando no esquema da viagem, mas agora tive certeza. Eu dei umas cochiladas, mas a Bibi capotou. Bem cedo estávamos aterrissando em Yogyakarta. Não fomos para a conhecida região mochileira de Sosrowijayan mas para Prawirotaman, rua com pousadas um pouco melhorzinhas. Depois de uma noite no aeroporto, merecíamos um lugar melhor, e tínhamos uma boa indicação. Pousada descolada, cheia de decoração, piscina grande e um gostoso jardim com mesas para o cafe da manha. Claro que tudo isto só seria usufruído depois, pois precisávamos dormir.

Hora de dormir

Saímos para comer alguma coisa e conhecer o Kraton, “casa” do sultão, que e só uma figura simbólica por aqui, sem muitos poderes, e veneração apenas regional. Interessante o lugar, muitos objetos expostos, em pequenas salas-museu. Depois nos falaram de uma ala que tinha musica alem de outras coisas interessantes, mas quando perguntei falaram que estava em reforma, o que parece que não era verdade. Ali tivemos nosso primeiro momento de “famosos” quando pediram para tirar fotos com a gente. Paramos para almoçar propriamente e descobrimos que e possível comer bem por menos de 1 USD por aqui. A simpatia do povo começou a aparecer também, e batemos altos papos com o rapaz que nos atendeu no restaurante. Ainda fomos para o Palácio das Águas, antiga piscina do Sultão, e andamos pelas ruazinhas, curtindo o novo lugar. Paramos num lugar onde produzem marionetes de madeira ou de couro, muito famosos por aqui. A Bibi estava encantada com o lugar e de noite tomamos uma cerveja para brindar a chegada.

Marionetes

Como o aluguel de uma scooter aqui e em torno de 2 USD por dia, nada de pegar ônibus para visitar os templos, saímos cedo de moto! Borobudur, o maior templo Budista da Indonésia, fica a uns 40 km de onde estávamos. Chegamos sem muita dificuldade, mas com muita cautela, pois são centenas de motocicletas nas ruas. Já mais perto do templo, aquele clima de região rural, com plantações e montanhas ao fundo, que dava todo um clima para o lugar.

Borobudur e impressionante. São 9 níveis, que representam o mundo material, espiritual e o nirvana. O templo deve ser percorrido no sentido horário, de forma ascendente. Muitas gravuras entalhadas na pedra vão contando a historia de Buda. Pegamos um guia para entender melhor os detalhes e valeu muito a pena. No nível que representa o Nirvana não existem gravuras, só estupas. E um “vazio”, muito bonito. Apesar de ser Budista, outras religiões visitam o tempo, e alguns ate veneram, devido a forte energia do lugar. O calor era muito forte e o sol estava nos cozinhando. Gostaríamos de ficar mais, mas era humanamente impossível. A Bibi ate alugou uma sombrinha para se proteger do sol forte. A entrada custa para os estrangeiros 15 vezes mais caro que para os indonésios. Para não ficar tao chato nos colocam numa sala vip, com ar condicionado, água gelada e cafe.

Borobudur!!

Estupas

Passamos num outro templo ali perto, e tinha um Buda bem grande, bonito, mas depois de Borobudur, muitos templos vão perder a graça.Voltamos para Yogya e pegamos o contorno da cidade, para ir no Prabanam, templo Hindu bem perto da cidade. Parada para abastecer ao lado da estrada, onde tem garrafas de vodka absolut com gasolina.

Abastecendo a “poderosa”

O Prambanam também e imponente, mas infelizmente esta bem destruído, devido a terremotos. O ultimo deles, em 2006, foi logo apos uma restauração. Das 240 torres existentes, hoje só existem 18. A principal delas e um templo de Shiva, com templos de Vishnu e Brahma ao lado, alem de seus veículos de locomoção na frente. Mesmo na Índia são pouquíssimos templos de Brahma, Deus não muito venerado. Nosso guia tinha bastante conhecimento, não só da religião Hindu, mas das tradições javanesas e de outras religiões. Ficamos discutindo vários assuntos e nossa visita se prolongou ate o final do dia. Novamente algumas pessoas pediram para tirar foto comigo e com a Bibi, tanto homens como mulheres. São pessoas que vem de cidades do interior e só viram ocidentais na tv. Lembro que quando estive no Tibet, no bairro budista, eu queria tirar fotos dos monges e eles de mim… O final de tarde com aquele céu rosado e só a sombra do Prabanam, foi show. Voltamos para o centro, no meio das chamadas das iluminadas mesquitas. Só tinha um mapa turístico, aqueles com desenhos, e foi fácil de se perder. Tivemos que parar varias vezes para pedir informação.

Buda

Prambanam

Chegando no hotel estávamos muito cansados para continuar fazendo coisas. Íamos numa apresentação de dança tipica mas conversamos e decidimos ficar um dia a mais. Foi bom pois no outro dia deu para organizarmos melhor o roteiro do viagem, pegar uma piscina, rodar o centro e de noite ir no Balett Purawisata. Como choveu foi num lugar coberto. Todos os artistas com mascaras ou muito bem pintados, interpretando uma historia local. Movimentos rápidos e lentos, tudo com musica tipica tocada por um batalhão de pessoas. Normalmente não sou muito deste tipo de apresentação, mas esta estava muito bem montada e com certeza valeu a pena. Pra quem gosta, e imperdível.

Apresentação Purawisata

De Yogya fomos para o leste de Java, sentido a Probolinggo. Viagem não das mais agradáveis, pois tava muito quente. Metade da população da Indonésia mora em Java, e no trajeto deu para perceber, pois era uma cidade do lado da outra, quase não tinha estrada, parecia uma megalópole. Conhecemos vários estrangeiros, que assim como nos iriam no vulcão Bromo, mas depois cada um tinha destinos diferentes. Tinha tudo que e tipo de gente, dos gente fina aos “ malas”. Paramos o microonibus e fomos divididos em vans. A medida que íamos se afastando da cidade e subindo a montanha ia torcendo para que o hotel fosse ok, para a Bibi não reclamar. Não era nada de especial, mas longe de ser ruim. Já separamos as roupas de frio, pois como estávamos a já alguma altitude, e sairíamos de madrugada, tínhamos que nos preparar.

As 4 da manha já estávamos indo de Jeep montanha acima. Decidimos ir no vulcão só depois, e um mirante seria nossa primeira parada. Logo vimos que não estaríamos sozinhos. Dezenas de Jeepes de todas as cores, numa fila continua, parados dos dois lados da estradinha. Quando não deu para ir mais de carro, fomos a pé, e vimos que alem de muitos turistas, tinham ainda mais indonésios. Chegamos a conclusão que era por causa do final do semana. No tal mirante, muito bonito, não tinha espaço para ninguém. Tivemos que esperar as pessoas cansarem e saírem de seus lugares para podermos aproveitar. Já tava claro, mas deu para ver o sol ainda bem baixo. O Vulcão Bromo ali na frente, saindo ate fumaça, com montanhas ao redor davam todo um clima para o lugar. Depois desta vista de cima, fomos ate a base, onde subimos o vulcão. A Bibi teve que fazer um esforço extra, mas ate que se saiu bem. Aquela fumaça tinha um cheiro forte de enxofre, e ficamos na beira da cratera. Fomos entrevistados por curiosos adolescentes e ficamos conversando ate chegar a hora de mais fotos. Contamos para eles que no Brasil existem lugares para sair a noite que se chamam Bali Hai e Warung, eles davam risada.

Vulcão Bromo e sua “fumacinha”…

De volta a pousada deu tempo de tomar o famoso cafe javanes (não tao bom quanto o etíope, mas saboroso), um banho quente, arrumar as coisa e pegar estrada. Um casal americano/alemã pegou o mesmo ônibus que agente e conversamos um pouco sobre a viagem e sobre como foi largar a rotina nos respectivos países, coisa que também fizeram. Muitos Km depois estávamos no ferry que liga a Ilha de Java ate a Ilha de Bali.

Novo passaporte e nova viagem?

A proxima etapa da viagem seria a Asia, ja estava decidido, mas nao sabiamos ao certo se comecariamos pela Tailandia, India ou Malasia. Descartamos a Tailandia quando soubemos que teriamos companhia para o ano novo, e a India pois estava em cima da hora para tirar o visto, dentre outros fatos que consideramos. Malasia parecia perfeito. Um aeroporto com varias coneccoes, e bons precos a partir de Londres via Dubai (para Bibi) e direto de Dubai para mim. Pais com embaixada brasileira, onde poderia tirar novo passaporte, pois o meu ja tava quase sem espaco para vistos.

A Malasia e um pais desenvolvido, que durante anos teve taxa de crescimento em torno de 8%. E uma otima introducao ao sudeste asiatico. A Tailandia talvez seja mais turistica, mas a Malasia atrai todos os publicos, desde o mochileiro, o ecoturista ao amante de compras. Kuala Lumpur pode tranquilamente substituir uma viagem que seria feita para NY, Miami ou Dubai. Muitos shoppings, otimos precos, uma tentacao para as compras. Culturalmente tambem e atrativa, onde tem uma mistura dos povos e tradicoes chinesas, indianas, e da propria Malasia, resultando numa comida tipica muito saborosa. Em algumas regioes tambem existiu influencia dos portuqueses, holandeses e ingleses, que tambem passaram por aqui na epoca das grandes navegacoes.

Assim que pegamos um trem no aeroporto para ir ate a imigracao, e um onibus por ruas largas onde ocorrem as corridas de F1, estava claro como era a estrutura do pais. A Bibi me questionou: “Mas voce falou que era como no Brasil, la nao e assim…” Fomos ate Chinatown, e existiam varias opcoes de hteis. Resolvemos pegar um melhorzinho pois era o reinicio da viagem da Bibi. A rua da frente parava durante a noite, cheia de mesas de restaurantes, camelos, uma muvuca. Comemos por ali e a Bibi percebeu que as opcoes de comida seriam bem maiores que na Africa. Tudo um pouco mais apimentado tambem…hehe

A primeira coisa que tinhamos que resolver era sobre meu passaporte. Nao perdemos tempo depois do cafe e fomos direto para a embaixada. Tinhamos dormido bastante, pois estavamos cansados. Na embaixada fomos super bem atendidos pelo Sr Wilson. So tinha que pagar uma taxa no banco alem da foto 5×7, que so no Brasil que usam. Tirei foto no shopping ao lado das Petronas Tower, e ja me informei sobre a visita. A Bibi ja ficou louca com as lojas… Pegamos o metro de volta para Chinatown, com direito a alcool gel para lavar as maos antes e depois da estacao.

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Petronas Towers

Novamente acordamos e fomos direto para a embaixada, entregar o comprovante e a foto. Notamos que o pessoal era meio atrapalhado, que nunca sabiam onde estava o passaporte, a foto, o formulario, mas prometeram para o dia seguinte. Deu tempo de ir para o LowYat, shopping de eletronicos com super precos. Depois de horas de pesquisas aabei cedendo e comprando um netbook. Aqui tem wifi em tudo que e lugar, e acho que vai ajudar em tudo. Quando sai do Brasil nao trouxe nem celular, queria um pouco de liberdade das minhas antigas ferramentas de trabalho. A comunicacao com a Bibi tava dificil for falta de internet e Skype, entao quando ela foi para Africa me trouxe um aparelho. Agora muda um pouco o estilo da viagem, nao vou mais socar minha mochila em onibus apertados, pegar carona, entao acho que um computador pode me acompanhar.

Como tava chovendo fomos para o Pavilion, shopping de luxo, com aquelas marcas qua a mulherada gosta de ver na vitrine. Um saco de programa, mas como a Bibi me acompanha nos meus… Pelo menos comemos e tomamos um bom cafe numa confeitaria, o maximo que podiamos gastar la…hehe

Acordamos a 6 da matina, antes das 7 estavamos pegando o metro para as Petronas. Chegamos la e ja tinha uma pequena fila, onde as 8:30 distribuiriam entradas para subir nas torres e andar pela passarela. Logo a fila aumentou, cheia de turistas de todo o mundo, com suas maquinas fotograficas. Fomos na segunda leva, e apos um rapido video 3d, estavamos subindo. Chegando la em cima, nos avisaram que inhamos 15 minutos para olhar a vista e tirar fotos. Clic, lic, o tempo passou e descemos, enquanto outros subiam. Saimos da recepcao onde tinham fotos e informacoes sobre as maiores torres e predios do mundo, olhamos um para o outro e caimos na gargalhada. Nao paramos por um minuto. Fala serio, que programa de indio!!! Tudo bem que a vista e legal, mas na nossa opiniao nao vale nem um pouco a pena. Pelo menos o dia comecou cedo, e daria para conhecer KL.

Olha a passarela la em cima

Fomos ate a Mesquita MasjidJamer, primeira que a Bibi entrou. La tinham roupas para se cubrir, alem de lenco para se colocar no cabelo. Conhecemos a mesquita e depois ficamos rapidamente tirando duvidas com uma senhora que trabalhava la. Falou sobre os profetas, algumas das leis, etc. Perguntamos sobre algumas diferencas das burcas coloridas daqui e das pretas do oriente medio, com o rosto tampado. Ela respondeu rindo: “isto e regional, por causa das tempestadas de areia, nao esta especificado no Corao como e de que cor deve ser…”

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Na mesquita

As pracas proximas dali,  tinham predios historicos com os edificios modernos logo atras. Casas coloridas perto do organizado Central Market. Tudo muito legal, mas muito previsivel. Comecavamos a fazer o roteiro para a Malasia, mas agora ja sabiamos o que nos esperava. Almocamos num gostoso restaurante vegetariano indiano em Little India e fomos buscar o meu passaporte. Sim, meu passaporte ficou pronto um dia depois que entreguei os documentos solicitados. Na saida despencou uma chuva (chovia todo final de tarde) e eu ja estava matutando como poderia fazer um roteiro diversificado.

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O antigo e o novo

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Perto do Mercado Central

Cameron Highlands era recomendado, e podia ser uma opcao. Penang ja e mais manjado, mas tem a parte cultural. A costa leste dizem que e linda, e menos turistica, mas as ilhas fecham com as moncoes. Perai!! Fecha com as moncoes e e menos turistica?! Imagine o resto… Estava decidido! Iriamos para Melaka, um pouco mais ao sul. De la iriamos ou para Sumatra de barco ou para Singapura, onde voariamos para Borneo.

Antes de pegarmos o onibus ainda passeamos por Chinatown, para visitar templos Hindus e Budistas que ainda nao tinhamos ido.

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Budas...

A viagem nao demorou muito. Onibus com ar condicionado no maximo, como adoram por aqui. Chegamos la, pegamos um onibus urbano e caminhamos ate uma guesthouse. Enquanto a Bibi olhava o quarto eu ja fui ver outras opcoes e acabamos ficando ali perto. Caminhamos pelas bacanas construcoes portuguesas e holandesas, passamos por chinatown. Muitas lojas descoladas, bonitos templos a cada esquina. Lugar gostoso, mas para passar um feriado, nao para uma viagem que nem a nossa. No final de tarde eu falei brincando quando andavamos pelas bonitas calcadas: – So falta os fogos de artificio e a parada da Disney!!

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Sera que estamos na Asia?

A viagem para Sumatra foi descartada por causa do terremoto a menos de um mes que ocorreu la, entao decidimos que Singapura seria utilizada como transito para nosso proximo destino. De manha ainda demos uma rodada, pegamos onibus ate a rodoviaria e logo apos o almoco estavamos na estrada. Poucas horas depois paramos numa moderna imigracao. Varios guiches para agilizar os processos, enquanto os onibus iam avancando por um tunel. Praticamente sem filas, apesar do movimento. O oficial olhou meu passaporte velho, com o visto de entrada e o novo vazio. Olhou para tras como se buscasse alguem. Falou para mim que eu precisava de um visto no passaporte novo, que o velho tinha sido cancelado quando cortaram a primeira pagina. Eu falei que nao, que os vistos estavam validos ainda, inclusive os dos EUA, como o Sr Wilson havia falado. No fundo imaginava que podiam ter feito merda. Nos meus passaportes antigos que foram cancelados, carimbavam pagina por pagina, e deixavam os vistos validos. O que fazer agora?! Fui para a salinha da imigracao e falei o que a embaixada tinha me dito, pedi o que poderia ser feito e blablabla. Mandei a Bibi segurar o onibus e fiquei la tentando de tudo. Eles acabaram dando um jeito, so colocaram anotacoes e referencias no computador e no meu passaporte. Fui para o onibus e todo mundo me olhando com cara feia. O motorista foi gente boa, e a Bibi mandou bem dominando a situacao.

Do lado de Singapura, tambem tivemos que ir para uma salinha, mas foi bem tranquilo e rapido. Ofereceram ajuda ate para dar coordenadas para nosso hotel.