Dois bilhões de kg de explosivos foi a quantidade de bombas que os EUA jogaram no Laos durante a chamada de Guerra Secreta, que ocorreu entre 1964 e 1973. Teoricamente os EUA não estavam em guerra com o Laos, estavam somente atacando os norte vietnamitas que cruzaram a fronteira para se esconder nas matas do Laos (imaginem se a Inglaterra bombardeasse o sul do Brasil para acertar Argentinos que estivessem cruzado a fronteira para se esconder), e acabar com uma das rotas do Ho Chi Min. Isto faz com que o Laos seja ate hoje o pais mais bombardeado da historia.Foram diversas missões, com gastos de alguns milhões de usd por dia para os cofres americanos. Mas o custo maior foi para o povo do Laos, não só na época mas ate hoje. Em torno de 30% das bombas não detonaram na sua queda, mas muitas delas continuam explodindo. O Laos e um pais muito pobre, e a população rural vê as bombas não detonadas como uma oportunidade de ganhar dinheiro, vendendo o metal como sucata. As principais vitimas são as crianças! Neste período também existia uma disputa de poder interna, e o bombardeio americano só fez com que a população apoiasse cada vez mais o lado comunista, que em 1975 assumiu o poder, que mantem ate hoje. O pais se manteve fechado por muitos anos, mas tem tentado seguir o caminho “comunista mas ganhando dinheiro” de seus vizinhos China e Vietnã, mas ainda esta engatinhando, e ainda deve demorar muitos anos para colher os resultados. A primeira resposta já veio: o turismo tem aumentado significativamente.
Pouco depois do sol nascer já estávamos pegando um pequeno barco para atravessar o rio e fazer a imigração no Laos. Não sou muito chegado a uma embaixada e sempre que e possível tirar o visto só na fronteira opto por isto. No caso do Laos foi meio roubada. Como todo pais comunista era uma burocracia gigante, e a fila de estrangeiros não era muito menor. Um oficial olhava os passaportes e separava em pilhas, enquanto batia alguns dados na maquina de escrever, outro preenchia os vistos um a um e colava no passaporte, enquanto outro ainda separava o papel da imigração. Não, depois de tudo isto não estava pronto! Tinha que ir no guichê ao lado para ganhar o carimbo. Depois de uma boa espera fomos comprar uns mantimentos e ir ate o barco. Na parada num restaurante onde estavam organizando tudo, nos alertaram que a cidade onde pararíamos para dormir (seguiríamos por 2 dias de barco ate Lung Prabang) era muito pequena, e com pouquíssimas opções. Contaram de pessoas que ficaram sem hospedagem no passado e tal. Sabia que estavam exagerando, mas mesmo normalmente não reservando com antecedência, decidimos garantir para não nos preocuparmos, ate porque o preço estava ok pela qualidade do hotel. Assim que chegamos no barco onde passaríamos os próximos dois dias, arranjamos um banco, que alem de não ser muito confortável, não tinha muito espaço para os pés. A medida que o barco foi ficando super lotado, ficamos gratos de ter pelo menos um banco desconfortável. Umas duas duzias de pessoas tiveram que setar no chao. Houve um inicio de revolta para conseguir outro barco, e novos passageiros se recusaram a entrar. Alguns poucos se levantaram do chao e foram para fora, mas a maioria ficou. Inacreditavelmente surgiu outro barco, e os corajosos revoltos foram bem folgados. Não vi nenhum colete salva vidas, portanto não seria o numero de pessoas que causaria uma tragedia. Sabia que o nível do rio Mekong estava baixo, mas não imaginava que estaria tao seco. Logo percebemos que caso o barco afundasse não passaria do nível do beiral do barco, e não duvido que pudéssemos sair andando. Em muitos momentos o barco raspava no fundo de areia. Fomos navegando por bonitas paisagens, grande parte por matas intocadas. Confesso que achava que seria um barco mais “local” e não praticamente só com turistas. Vimos ate uma família simples do Laos ter que se levantar para dar lugar aos turistas. Já chegando o final da tarde o barco atracou, e nos falaram que teríamos que seguir por terra, pois não passaria pela parte rasa que tinha a frente. Subimos as dunas com as mochilas e la em cima tinha uma caminhonete esperando. No caminho presenciamos um senhor discutindo com um cara do Laos que tinha carregado sua bagagem e estava cobrando mais que o combinado, inclusive tentando levar a mala de volta. O preço da caminhonete estava bem acima do justo, e todo mundo foi andando mesmo. Eles falavam que demoraria de uma a duas horas e tal. Depois de uma certa negociação, eles vendo que não teriam passageiros, acertamos um preço justo para o trajeto. A caçamba foi lotada, principalmente com o pessoal mais velho. Umas 4 ou 5 subidas e descidas íngremes, não mais que 10 minutos na desconfortável caçamba (com um cara sendo segurado pela cinta para não cair) pararam falando que havíamos chegado. Quando percebemos vimos que chegamos juntos com o pessoal que veio a pé. Apontavam em direção ao rio e la fomos nos. Eu tentava perguntar onde era a pousada que tinha reservado e só me falavam que era bem mais para frente, pelo menos uma hora de barco. No caminho um senhor de mais de 70 anos caiu ao descer os íngremes barrancos. Passei a ajuda-lo e carregar sua mochila também. Chegando na praia muitas fogueiras, musica alta e algumas barraquinhas de comida com luzes improvisadas. Tinham esteiras espalhadas pelo chão e todos já iam se acomodando. Fui perguntar sobre o barco e falaram que só sairíamos no dia seguinte, pois não dava para navegar no escuro. A Bibi ficou revoltada quando descobriu que teríamos que dormir ali. Fui falar com um cara que parecia que estava organizando a “festa” e ele não foi nem um pouco simpático. Falei do hotel reservado, e da situação do senhor que tinha caído 3 vezes e tal. Ele gostou menos ainda e passou a gritar comigo, falando que tínhamos sorte de ter comida, água e fogo blablabla. Mantive a calma e falava para ele relaxar, falar feito gente mas não dava certo. Discuti bastante com ele a partir disto. Tentei ganhar o apoio de um pessoal que já estava se deitando e tomando uma cerveja para boicotar o lugar (já tinham boicotado a caminhonete por achar injusto), mas para minha surpresa um cara mandou eu ficar na minha e aproveitar a cerveja. O que nos revoltou e que aquilo tudo tinha claramente sido planejado, tipica armadilha para turista. Prepararam tudo para vender comidas e bebidas a preços de turista. Depois de ter dormido no deserto entre Somalilândia e Djibuti com o carro encalhado, e também na beira da estrada na parte mais selvagem do Moçambique com o transporte quebrado, não tive como ficar quieto. Não me prorroguei na discussão com o “fazido” europeu, só o chamei de “cool hippie” e para ele aproveitar a “super aventura” dele. Não sei se ele entendeu, mas ficou quieto ao ver o senhor que tinha se machucado ser xingado e até empurrado ao ir reclamar. Tínhamos ouvido maravilhas do povo do Laos, de pessoas que viajaram por muitos países, mas provavelmente o aumento do turismo esta trazendo problemas também. Arranjamos um lugar numa das esteiras, próximo a uma fogueira. Comemos numa das diversas opções de refeições e tomamos uma gelada cerveja. Isto que estávamos no meio do nada, a vilazinha mais próxima que passamos tinha meia duzia de casas de madeira. Estranho não?! Crianças passavam recolhendo garrafas e restos, quando passei a brincar com eles. Primeiro mostrando as tatuagens, que eles adoram, e depois com aquela brincadeira do tapa na mão, que tem que tirar antes do outro acertar. Juntou mais de uma duzia e eu ficava desafiando todos, fazendo caretas e barulho de monstro. Ate amarrei uma faixa nos olhos para jogar de olhos vendados. Arranquei varias gargalhadas e eles amaram, mesmo não conseguindo se comunicar, pelo menos não por linguagem. Como teríamos que acordar junto com o sol, a Bibi já foi se agasalhando e se cobrindo com uma fina manta que temos. As mochilas foram usadas como travesseiro. O orvalho da madrugada aumentou a sensação de frio, que so terminou com a vinda do sol. Uma pequena cachoeira ao nosso lado fazia o único barulho da noite.
De manha pegamos outro barco até Pak Beng onde estava nosso hotel. Pedimos para nos esperarem e fomos tentar pegar o dinheiro de volta. Chegando la falaram que não era culpa deles, e que poderíamos ficar la aquela noite, mas que não dariam o dinheiro de volta. Eu e um outro cara pedimos com uma super simpatia, insistindo e implorando, dizendo que não estava certo. Chegou um gordão e falou para irmos embora que não ganharíamos nada. Quando ele falou que estava la no “acampamento” no dia anterior nos revoltou. Realmente era bem perto, ele pode ir la ganhar dinheiro dos “troxas” e nos não podíamos ir ate o hotel. Falamos que íamos colocar na internet, que era tudo planejado e tal. O cara ficou louco e veio para cima de mim gritando. Eu peitei ele e gritei de volta quando ele me perguntou: “Vai fazer o que agora, boxear comigo?” Eu respondi no maior espirito filme de hollywwod: “ Isto seria uma tarefa muito fácil para mim, mas hoje so vou levar o dinheiro…” haha Como falou que não tinha dinheiro, sugeri que nos desse alguma coisa do bar/restaurante. Ele liberou 5 itens, independente do valor, mas que e claro que era menos que metade do que pagamos. Peguei 5 garrafas grandes de cerveja, por ser o produto mais caro. De volta ao barco, trocamos duas cervejas por refeições, bebidas e salgadinho. Não tinha mais o que fazer e tomamos as outras 3. Quentes? Claro que não, negociei de trocar por geladas e eles ficarem com o casco. Assim passou mais um dia navegando, por paisagens ainda mais bonitas. Ficamos batendo papo com um pessoal que tínhamos conhecido na noite anterior e fazendo novas amizades. Uma forte chuva veio, coisa que fazia tempo que não víamos. Foi o tempo de colocar as lonas na lateral do barco para já passar. Nas margens as poucas pessoas que víamos estavam ou estendendo redes de pesca ou garimpando. Alias vimos muitos garimpeiros, mas não consegui entender se era ouro ou alguma pedra preciosa.
Chegamos em Luang Prabang já no inicio da noite, e foi só achar um hotel para um merecido descanso. As vezes acho que a Bibi implica um pouco com um ou outro lugar que ficamos, mas tive que tirar o chapéu para ela. A revolta de dormir numa esteira (sorte que ela agora tem um colchonete de yoga), sem nem barraca foi a primeira reação, mas quando viu que não teria outra saída, encarou super na boa. Não foi a primeira vez que percebo isto.
Luang Prabang e uma pequena cidade, muito charmosa na beira do rio Mekong. E patrimônio da Unesco e tem dezenas de casarões franceses antigos (lembram que Laos era parte de Indochina, colonia francesa?) alem de muitas estupas e templos budistas misturados. O centrinho e super astral, mas minusculo. Existem também diversas cachoeiras e cavernas nos arredores da cidade. Não posso dizer que fizemos muito por la a não ser pular de café em café, ate chegar hora de um happy hour e por ai vai. Durante os dias encontrávamos algumas pessoas do barco, batíamos papo, trocávamos informação e o tempo ia passando. A Bibi curtiu umas lojinhas e cidade apesar de pequena já tem uma boa estrutura para estrangeiros. Tem um mercado noturno com varias opções de comidas, e a influencia francesa deixou muitos sanduíches feitos com baguetes. Achamos curioso que existe um toque de recolher a meia noite. Todas as pousadas fecham as 23 horas. Os viajantes mais festeiros não gostaram muito da ideia. Existe uma lei que você não pode fazer sexo com outra pessoa que não seja casado, seja ela do Laos ou estrangeira. Esta inclusive escrito nas regras dos hotéis, pregadas atras das portas. Diz a lenda que teve gente que já foi presa por isto.
No Laos o Budismo e muito forte também. Um dia eu acordei as 5 e maia da manha para ver as famílias oferecerem comida para os monges. Eles vem caminhando em pequenos grupos com suas vasilhas, recebendo as comidas. Quando param para pegar, diferentes grupos vão se encontrando, formando longas filas. E assim e o inicio das manhas, com monges indo para cima e para baixo. Em alguns lugares vi eles abençoando as famílias com mantras. Muito astral, e o lugar da um super clima.
Clima diferente tinha a nossa próxima parada, Vang Vieng, a algumas horas ao sul dali. Outra cidade ao lado de um rio, mas o clima ali e de festa. O famoso toque de recolher do pais não funciona direito, e duvido que a gringarada se preocupe com as outras leis também. No primeiro café que paramos, cheio de almofadas para ficar largado, veio o cardapio de bebidas e outro de drogas. Pode-se escolher opio, maconha, chá de cogumelo e por ai vai. Para estranheza do garçom, a Bibi pediu um shake de banana com café e eu um de melancia. Um pouco mais ao lado tinha uma placa colorida com uma seta apontando para onde seria “neverland”, a terra do nunca. Encontramos um escocês gente boa do barco que estava por ali uns dias e foi nos contando como que funcionava tudo. Deixou bem claro que era uma loucura. Ainda era estranho para nos imaginar, pois as ruas estavam vazias, e nos estávamos numa pousada tranquila de frente para belíssimas montanhas estilo as de Halong Bay. Mas sabia da reputação do lugar já a um bom tempo. Final de tarde o pessoal começou a voltar do rio onde fazem “Tubing”, e grupos de pessoas pintadas, enfaixadas, cantando, ficaram mais frequentes.
Vang Vieng o estilo e outro. São casas e pousadas simples, com diversos bares, cafés, restaurantes baratos e agencia de viagens. Entramos no clima e fomos pegar uma noite num dos bares mais famosos, ate porque era aniversario do escocês. Musica alta, galera dançando e bastante doidões. A bebida principal e um baldinho de wiskey, que pode vir com coca, energético e outros acompanhamentos. Tomamos nosso primeiro baldinho e nem achamos forte. Depois que ficamos amigos de um casal sueco, e eles completaram nosso segundo baldinho com wiskey que a coisa começou a desandar. Uma pista de dança que mais parecia um palco passou a ter nossa presença, e cantamos e dançamos abracados com nossos novos amigos. Não preciso nem dizer que dormimos a manhã seguinte inteira, né?!
O inicio já tinha sido pesado, e nem tínhamos ido ao “Tubing”. Ficamos na duvida se íamos só no rio ou se pegávamos as boias para descer o rio. Resolvemos pegar as boias para fugir da muvuca. Pra quem acha que o Tubing e que nem descer o rio Nundiaquara de boia esta muito enganado. Fomos de tuk tuk ate o ponto de partida, onde já dava para ver a primeira dezena de bares. Te recebem com uns shots de bebida gratuita (que e claro que negamos depois da noitada). Cada bar com um deck, um tipo de musica a todo volume, e cheio de gente. Existe cordas onde o pessoal se balança para cair no rio, escorregadores adaptados alem de outros “brinquedos”. Logo entendemos o alto índice de pessoas enfaixadas e machucadas na rua…
Pulamos logo na água para fugir dali, mas tentávamos ser pescados a cada bar que passávamos. Eles jogam uma corda para você ser puxado para o bar. Tubing e basicamente isto, ir descendo o rio, e bebendo de bar em bar. Se não parar demora entre uma e duas horas, mas a maioria passa o dia inteiro, passando por todos os bares, e ate perdendo a boia na hora de voltar. Fomos sem parar em nenhum, aproveitando de outra maneira. O lugar e belíssimo, impressionante mesmo. Podem nos chamar “velhos”, “casadões” mas não voltamos nenhum dia para praticar o Tubing como ele deve ser feito, nem para os barzinhos. Não por acharmos que não valia a pena, nem por achar perigoso ou algo do tipo. Simplesmente porque arranjamos outras coisas para fazer. Arranjamos um lugar belíssimo em uma parte tranquila do rio onde passamos um dia todo e em outro fomos caminhar pela parte rural ate algumas das cavernas. A Bibi já tinha ido em cavernas estruturadas, com iluminação, corrimão, mas nunca numa caverna selvagem. Estas cavernas foram muitos utilizadas em guerras no passado, e nos com lanternas rastejamos por vãos, nos espremendo por passagens ate grandes salões. Difícil foi explicar para a Bibi que não daria para sair, e teríamos que voltar todo o longo caminho. Entendi quando ela resolveu me esperar do lado de fora. Meu “guia” era uma criança de não mais que 12 anos, que andava dentro das cavernas como se estivesse no seu playground. Voltamos por aquelas estradinhas de terra, cercadas de montanhas, com aquela ótima sensação de ter feito exercício e estar num lugar tao bonito.
Ainda demos uma saidinha de noite para nos despedirmos do local. Parece que tinham mais loucos, tinha ate gente dando cambalhota. Descobrimos que o escocês não saiu no dia do seu aniversario porque tomou um chá de cogumelo e a cara das pessoas passou a derreter na frente dele. Depois disto foi seu intestino que derreteu e ele passou as 3 primeiras horas do seu aniversario curtindo uma diarreia no banheiro da sua pousada… Tomamos só uma cervejinha, então estávamos totalmente fora do ambiente. Vieram umas loucas falar com a gente e tivemos que despistar e fugir para o hotel…haha comedia!
Quando estava pagando a pousada para ir embora, vi o dono com uma camiseta de futebol do Laos. Perguntei se ele não queria trocar por uma do Brasil e ele aceitou na hora. Batemos papo ate a hora de eu sair e perguntei quem era o jogador numero 4, a camisa que agora era minha. Ele respondeu sorridente que era ele, pois era camisa do time local, não da seleção…haha
De la para Vietane são mais um punhado de horas. A capital do Laos e minuscula, e não tao interessante como Luang Prabang. Ate o rio que deveria dar um charme estava seco e estão fazendo um aterro ou algo assim. Como já tivemos overdose de templos não fomos nem visitar os principais. Demos uma caminhada pelo centro e fomos ate o centro de reabilitação, onde tem uma exposição bem interessante sobre os bombardeios americanos, alem de diversos videos. As bombas se abriam e dentro continham centenas de bombas menores, cada uma com um poder de destruição de um raio de ate 30 metros. O numero de bombas jogado foi maior que a população do Laos na época. No ritmo que estão levando para limpar as áreas com bombas não detonadas, ainda vai demorar centenas de anos para que a região fique segura e não ocorram mais acidentes. Muito, mas muito triste…
De Vietiane pegamos um voo para Kuala Lumpur. Ficaríamos 24 horas la ate pegar o voo para a próxima etapa da viagem, então fomos ate a querida Chinatown. Interessante que KL foi nossa porta de entrada do Sudeste Asiático, e acabou sendo também a de saída, gracas aos preços baixíssimos das passagens da Air Asia. A Bibi teve uma reação alérgica, provavelmente de uma cera de depilação e ficou toda inchada. Já tínhamos conseguido remédios, mas como estávamos com tempo depois do check in no aeroporto resolvemos ir ate o ambulatório. Como o medico estava no outro aeroporto, nos levaram de ambulância ate la. Tudo ok, só novos remédios que fizeram o rosto e as mãos desincharem.
Quase 4,5 meses tinham se passado, e estávamos saindo do sudeste asiático. Um lugar muito gostoso, com um leque de coisas totalmente diferentes para se fazer. Culturas e comidas fantásticas! No geral bastante turístico, mas isto não significa que não existam varias regiões para serem exploradas. Como foi bom descobrir que a Indonésia e ainda mais legal que eu imaginava, reencontrar com a Tailândia e descobrir um novo pais “daqueles” como o Mianmar! A beleza natural do Laos, os Orangotangos e mergulhos em Borneo, cultura e beleza do Vietnã e a modernidade de Singapura. Saímos com a certeza de que voltaríamos, não só porque ficaram lugares para conhecermos, (sem contar países inteiros, perdão Filipinas), mas para voltar para os mesmos deliciosos lugares que estivemos.
Assim como os portugueses fizeram a mais de 500 anos, estávamos a caminho das índias…