A Chegada

O Voo de SP para Joanesburgo atrasou 30 minutos, então eu teria somente 40 para passar na imigração, despachar a bagagem e embarcar para Cape Town.  Após me darem carimbo para 90 dias, o oficial da alfândega me parou e tive que abrir a mochila. Depois de me perguntar se estava empregado, e se estava a passeio ou trabalho, ele queria saber quanto tempo eu ficaria na Africa do Sul. Respondi que uns 20 dias, e ele me olhou assustado e disse: ” mas não e pouca roupa?”. Eu respondi que quando sujava eu lavava… (Elementar meu caro Watson)

Mais atrasado ainda, sai eu correndo para embarcar. Furei fila num guichê last minute e inacreditavelmente consegui pegar o voo, coisa que muitos não conseguiram, inclusive minha bagagem. Cheguei em CT no final da manha, e esperei mais 2 horas para ver se minha mochila vinha no vôo seguinte, mas não veio. Fiz a ocorrência e segui para Long St, que é a região mochileira, assim como Karsanroad em Bangkok e Thamel em Katmandu. Região com hospedagem, comida, cerveja (e) baratas.

Já com lugar para dormir, liguei para a SAA para ter notícias, mas nem sinal da mochila. Aproveitei para deixar o endereço e o fone da onde eu estava, pois se achassem não me encontrariam.

Com Jet Lag  de 5 horas, bagagem perdida, e o empenho de ter que ficar ligando para a SAA, não pude aproveitar muito o dia.

Lição numero 1: Desapego

Quem me conhece sabe que não sou muito apegado a coisas materiais, mas com minha mochila tinha um apego sentimental. Preferia ela velha que uma novinha. Sorte que sempre levo uma cueca extra na bagagem de mão, assim como escova de dente e desodorante.

No jantar, depois de ter dado uma cochilada, já estava recuperado, jurando que não precisava de 50% do que estava na mochila.

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