Quando surgiu a oportunidade de eu voltar para os Bálcãs, meu foco era Sérvia e Eslovênia, os países que eu não tinha viajado anteriormente. Pensava em pegar um trem ou ônibus direto de Belgrado para Liubliana. Como meu cunhado Jony, também estava viajando por aquela região, tentamos unir os roteiros. Ele estava de carro, então não foi tão difícil de inverter a sequencia da sua viagem e marcamos de nos encontrar em Zagreb, capital da Croácia. Na minha ultima viagem pela Croácia, tinha estado basicamente pelo sul/litoral do país (clique aqui).
Peguei um ônibus noturno de Belgrado para Zagreb (trens só durante o dia) e acabou demorando bem mais que o esperado. Atravessei a porção sul da província autônoma de Volvodina até chegar na imigração, que foi bem demorada, mesmo de noite. Cheguei só na manha seguinte, o que não foi ruim. Como já estava claro, pude pegar um tram direto para o centro antigo, onde tinha combinado de encontrar o Jony na frente da catedral.
Jovens bêbados caminhavam pela rua e tentavam roubar frutas na feira que estava sendo montada. Pelo jeito a noitada havia sido longa! Caminhei aleatoriamente pela cidade até achar um pequeno café aberto. Fiquei batendo papo com um Croata que apostava fortemente na sua seleção na copa do mundo. Avisou para tomarmos cuidado, senão seríamos surpreendidos. Conversamos um pouco de Zagreb, Croácia, Tito e Iugoslávia, mas já estava na hora de eu encontrar com meu cunhado. Mesmo sem estarmos com celular, tudo ocorreu perfeitamente como o combinado. Demos mais algumas voltas pela cidade e já pegamos a estrada sentido Plitvice, uns 150 km dali.
Apesar de ser uma das grandes atrações do país, parte do trajeto é feito por estradas bem simples (apesar de boas), cortando o interior do país. Belas paisagens fizeram o tempo voar. O tempo não estava dos melhores, mas pelo menos não estava chovendo. De certa maneira ajudou a não ter tenta gente no parque, que normalmente é lotado.
Existem diversas trilhas, para rodar todo o parque demora cerca de 4 horas. Devido as chuvas fortes que caíram na região, algumas partes das trilhas estavam interditadas, pois a água passava por cima da passarela.
São incontáveis cachoeiras e lagos. O mais legal é que a água corre no meio das arvores e plantas e não só por pedras. Isto da todo um clima para a região. Lindo o parque, que é patrimônio da Unesco. Mais no final das nossas trilhas fomos brindados com o sol, que saiu de trás das nuvens! Os lagos, com suas águas límpidas, não chegaram a dar aquele tom azulado, mas a beleza do lugar é tão grande, que independe disto.
Missão cumprida, tínhamos que pegar estrada para mais uma esticada, agora até Liubliana, capital da Eslovênia. Mas não sem antes parar para comer alguma coisa. Diversas placas mostravam um animal, que não conseguíamos identificar, espetado em um rolete. Estávamos ansiosos para experimentar algo novo. Mas no final das contas era só ovelha e porco. No lugar que paramos já tinha até acabado a ovelha, então não tivemos muita opção. De qualquer maneira a comida estava saborosa e a refeição custou cerca de 5 Eur por pessoa, junto com bebida.
Optamos por não pegar a estrada principal, e cortamos caminho pelas secundárias. Apesar de mais perto, tornaria a viagem um pouco mais longa, por outro lado bem mais bonita. Não nos arrependemos!! Não demorou muito para chegarmos na pequena fronteira com a Eslovênia.
Muito bacana suas experiências! Uma pergunta, vc precisou de visto para a servia? Eu fui lá ano passado e tive entrada negada pq precisava de visto…
Um abraço!
Não Gusti, desde ago-13 brasileiros não precisam mais de visto para a Sérvia! Pode ir tranquilo que não vai ficar preso na fronteira novamente 😉
Você vai descer para o Quênia depois da Etiópia?
Abraço!