Precos altos, temperatura ainda mais alta.

Tive diferentes sensações e sentimentos no Djibuti, mas o calor foi com certeza a mais forte…hehe Êta país quente. Pra voçês terem uma ideia, os bancos trabalham das 7 as 10;30 e das 16:30 as 18. Impossivel fazer alguma coisa de tarde. As ruas ficam vazias, e as sombras cheias de gente deitada, mascando chat.

Da fronteira ate o centro da cidade foi relativamente fácil. Difícil foi ficar respondendo todas as perguntas em francês do oficial da imigração, isto que da passar por estas fronteiras não muito utilizadas. No caminho ate a cidade, três check point, onde tínhamos que descer do ônibus, apresentar passaporte a as vezes responder algumas perguntas. Toda esta segurança e porque existe uma grande base americana aqui. O Djibuti e um pequeno pais, e sua capital se chama Djibuti também. Existe um grande e importante porto. Com a base militar, e estrangeiros com salários americanos e europeus consumindo aqui, os preços dispararam. Por isto não foi difícil procurar hotel, já tínhamos a indicação do mais barato e fomos direto para lá.

A cidade tem seu charme, na arquitetura, no estilo. Os franceses capricham neste aspecto. Por outro lado, na nossa primeira saída para jantar, já vimos grupos de gringos bêbados, fazendo bagunça na rua, além de outros entrando em quartos com prostitutas. Dava para ver que o lugar já tinha recebido muita (ma) influencia. Tentamos achar algum restaurante mais barato, mas foi dificil. Então pelo menos arranjamos um com terraço e brisa, para aliviar o calor.

Foram dias muito devagar aqui. Logo nos adaptamos ao ritmo. Rápido mesmo foi tirar o visto para o Iêmen. Em 2 horas ele tava na mão, sem precisar de carta de embaixada nem nada. No mais foi ir ate o porto, descobrir de onde saia o barco para o Iêmen e voltar todos os dias para ver quando teria o próximo barco.

Eu e o Michael saímos para fazer 2 mergulhos. Junto foram 2 oficiais da Marinha Belga, que estão combatendo os Piratas. Alias está cheio de navio de guerra e até submarino para combater os piratas. Eles contaram que tem até um navio russo onde milionários pagam para atirar nos piratas! Vai saber se é verdade…

Navios anti-piratas

Navios anti-piratas

Mergulhamos num super naufrágio. Um navio alemão de 135 metros de comprimento, com mastros e tudo. Tá partido no meio e pudemos atravessar por este local. Muitos peixes e uma boa visibilidade. Agora sim!! Isto que eu esperava do Mar Vermelho!! E água temperatura de banheira, mais de 30 graus…

Equipe!

Equipe!

O outro mergulho foi em corais, com moreias e muitos peixes. Muito bom também. Com certeza foi o ponto alto de Djibuti. E o barco para o Iêmen parecia que não vinha. Perdemos um no primeiro dia, mas tínhamos que conhecer aqui antes. Resolvemos ir no Hotel Palace Kempinski, um super hotel !! Tomamos um caríssimo milk shake, mas com direito a ficar largados na beira da piscina por horas, só batendo papo e lendo.

Estilo...

Estilo…

Um dia fomos jantar com um Somali que estava no nosso hotel. Alias esta cheio de Etíopes e Somalis. Os Somalis são fáceis de reconhecer pois tem a pele bem escura e os olhos bem azuis. Notamos que no final do jantar ele discretamente colou seu nome, numero do quarto e hotel num pedaço de papel. A garçonete recolheu de forma ainda mais discreta. Cidade portuária e isto aí…

Com o passar dos dias fomos aprendendo onde estavam os lugares mais baratos, desta forma não ficou tao pesada a estadia por aqui. Trocar frutas por uma refeição até que foi bom num calor destes.

Mesquitas

Mesquitas

Centao de Djibouti

Centrão de Djibuti

Finalmente um lugar que nao pode!!

Finalmente um lugar que não pode!!

Logo entramos no esquema de dormir de tarde, quando esta quente demais para fazer outra coisa. Foi tudo devagar, mas ótimo para eu organizar as ideias, pensar sobre a viagem até aqui. Afinal de contas, foram mais de 6 meses, muitos lugares, muitas pessoas, muitas emoções. Também comecei a planejar as próximas etapas, e tinha que ver como e onde encontraria a Bibi.  O Michael partiu de trem de volta para a Etiópia, e o Guru segue comigo para o Iêmen, quando o barco chegar… Inshallah como dizem por aqui.